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domingo, 8 de abril de 2018

A IMPORTÂNCIA DE LER LIVROS

Por Colaboradora Voluntária


Ler, ouvir, contar e escrever histórias são construtos de um fazer cultural repleto de magia e descobertas de mundo e de si mesmo. A literatura nos proporciona, através da narrativa, o mundo encantado do faz de conta, bem como, o mundo encantado das descobertas científicas.

Palavras, mitos e idéias num diálogo materializado, compõem o acervo literário universal. A materialização em um objeto denominado: livro. Com narrativas de vida real, ficção, romance, poesia, contos, informações. Valores estéticos, éticos, e de conhecimentos produzidos pela ciência e pelos saberes tradicionais.

Na trajetória humana o conhecimento é importante para a construção da identidade individual e coletiva. As narrativas orais dos povos tradicionais foram gradativamente compiladas para se perpetuarem de geração para geração.

Em tempos remotos, o ser humano antes mesmo de elaborar as linguagens oral e escrita (como hoje as conhecemos) já contavam histórias através de desenhos, sons e gestos. A comunicação entre membros do mesmo grupo social (comum) se torna relevante para a sobrevivência.

O prazer permeia o aprender a “ser” no mundo social, e ao longo das gerações, tornou-se relevante a relação com o conhecimento mítico e/ou científico. A literatura num diálogo estabelecido, ativa a imaginação, impulsiona a capacidade analítica, estimula habilidades cognitivas, e acima de tudo, emoções são vivenciadas no momento singular que é a leitura.

O livro: objeto lúdico
A ludicidade torna o ser humano capaz de imaginar, inquietar, criar, transformar. Neste aspecto, os livros são elementos lúdicos que fomentam o prazer em dialogar com a ludicidade.



Sim, o livro é um brinquedo. Onde o universo e a cultura lúdica humana estão contidos em folhas de papel, ou mesmo virtual são suas páginas. Brincar significa fomentar o universo da imaginação, da experimentação, das descobertas. Desde a mais tenra idade o ser humano sente prazer em ouvir a voz ritmada que conta uma história.

Na atualidade o papel de narrador passa a ser muitas vezes a de um aparelho da tecnologia, o que distancia a comunicação afetiva, as emoções compartilhadas, as descobertas experenciadas em conjunto. Ter um livro em mãos e ler a uma criança é vivência tanto para que ouve, quanto para quem lê. É estar corresponsável na construção do hábito da leitura.

Diante do fenômeno moderno das grandes tecnologias, o livro vai ficando alí, em segundo, terceiro, quarto plano. E as conquistas de crianças e adolescentes vão se perdendo, claro que tem outras. Mas a leitura de um livro, é singular. Insubstituível é o livro enquanto seu valor cultural, social e mesmo para o desenvolvimento de habilidades e futuras competências.

Na idade adulta, a leitura é aquela obrigatória de formação acadêmica. Onde fica o prazer de ler algo que faz parte de uma escolha pessoal, individual? Na grande massa da população brasileira assistimos à degradação do hábito da leitura. Perde-se o elemento crucial: a autonomia de pensamento que é construída a partir de um amplo e vasto universo de pensamentos diversos que a literatura oferece. Deixa-se na vida adulta o ato lúdico que é ter um livro a embalar sonhos.

Ler à luz interior
Leitores autênticos são buscadores esforçados de resultados que verticalizam o auto-aperfeiçoamento. Um processo onde a mente cautelosamente vai expurgando a ignorância original. Ler é um projeto grandioso para ocupar a mente, preencher lacunas de alma inquietante. Leitores vorazes se tornam portadores de luz a outras pessoas.



O livro então assume função de amplitude, rompendo com a solidão de um leitor uno. O hábito da leitura de livros amplia a capacidade cognitiva de quem lê. O prazer na leitura está não só no desvelamento de personagens ou conteúdos científicos, vai além, ou para ali num lugar dentro de si mesmo. O autoconhecimento.

A dinâmica do hábito de ler livros vai moldando as características de quem lê.  É ato ético, estético, lúdico, que torna o indivíduo um ser humano capaz de comunicar, debater, refletir:  pensamentos, sentimento, emoções, descobertas, informações, conhecimentos.


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